Autor Tópico: [Autobiografia] Arlinda Mestre  (Lida 5555 vezes)

Offline r1c4rd0100

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[Autobiografia] Arlinda Mestre
« em: Julho 12, 2006, 09:38:08 am »

Arlinda Mestre lança autobiografia

Tornou-se conhecida do público português quando participou no reality show “Quinta das Celebridades” e, posteriormente, em “1a Companhia”. Polémica, irreverente, esta fotógrafa de sucesso lançou-se agora na aventura de escrever uma autobiografia e contar a sua história. A tvmais teve acesso à obra e revela-lhe alguns dos seus segredos
. A infância
Fruto de um amor proibido entre a sua mãe e o patrão, Arlinda começa muito cedo a ser abusada pelo padrasto. São arrepiantes as descrições que faz: “Com as suas grandes mãos ele agarra-me e bate-me até que as minhas lágrimas lavem o meu rosto fatigado. Os meus mamilos sangram, debato-me, grito. Aquela coisa branca que sai do sexo dele faz-me vomitar, de todas as vezes”. Em desespero, aquela menina de 6 anos recorre à mãe: “Conto-lhe tudo mas ela não me acredita, e para me castigar esfrega-me pimenta na língua. Os meus lábios ficam inchados e tenho muitas dores”. Incapaz de lidar com os problemas crescentes, a mãe de Arlinda vê-se obrigada a entregá-la a um orfanato.

Quando se apercebe do que está prestes a acontecer-lhe, a menina reage: “Meu Deus, não quero que ela parta! Grito, agarro-me à saia dela: ‘Prometo-te, mamã, que nunca mais serei má!’ Debato-me para manter as minhas mãozinhas agarradas a ela. Ela parte desesperada...” No orfanato a vida também não melhorou: “Todos os dias vou levar a minha tareia. Fico de pé com as mãos sobre a cabeça e as minhas pernas dobram-se a cada chibatada”.

É que Arlinda era diferente de todas as outras crianças: “Por vezes escondo-me, após a refeição das freiras e como os seus restos, é muito bom”. Acabou, portanto, por ser expulsa e ir, primeiro, para um asilo, depois para casa de família afastada. Mas a vida dura continuava: “A minha cama não é, senão, um monte de sacos de batatas numa cama de ferro. À noite dou-me conta dos ratos que comem os restos; cirandam à minha volta e fico petrificada; tenho tanto medo que só a fadiga me faz fechar os olhos”.

Primeiro casamento
Com 19 anos, Arlinda Mestre casa-se pela primeira vez com um homem muito rico, viciado em heroína e traumatizado: “O seu pai, ciumento doentio, matou a mulher com uma bala na cabeça através de uma almofada, para atenuar o barulho. A segunda bala era para ele mesmo, mas só se conseguiu ferir gravemente e acabou por morrer na prisão”.

Durante esta união, Arlinda conhece Domingos, empregado da casa, com quem acaba por fugir. Mas ainda não seria desta que acertara no companheiro. Num ataque de fúria, o parceiro tenta matá- -la e à sua mãe. Novamente, Arlinda foge, mas é tarde demais. Estava grávida e desejava demais aquele filho.

A prisão
Domingos, o pai da criança, é preso: “Meteram-no na prisão de Faro. Apenas 9 quilómetros nos separam. Agora sei que o amo, e estou pronta a morrer para o retirar dali”. Arlinda dá, entretanto, à luz e foge para Paris para não ser presa: “Toda a gente se vai embora e encontro-me completamente sozinha no passeio. O bebé contra mim, a mala na outra mão”. Cheia de fome, frio e sem dinheiro, ela não hesita em visitar alguns supermercados e sair de lá a correr.

Mas o regresso a Portugal é inevitável e acaba por ser presa: “Melhor ou pior, eles conseguem meter-me numa cela. Tenho sangue nos punhos, à força de bater nas paredes. Olho para o Júnior (bebé) que está deitado sobre a cama. Lá fora, através das grades, vejo o pátio. Nunca me passou pela cabeça começar o meu papel de mãe encarcerada”. São alucinantes as histórias que conta. “Tremo de pavor e todo o meu corpo me abandona; faço chichi pelas pernas abaixo”, recorda.

Muito, muito mais...
Esta é uma história incrível. Arlinda foi assediada pelo seu meio-irmão, teve uma relação com um sobrinho que acabou por morrer de overdose, ia sendo violada na prisão. Depois, várias mortes cruzaram o seu caminho: a do melhor amigo, a de uma colega de cadeia, a de uma hóspede de um motel, todos os corpos descobertos por ela. Salvou, inclusive, o pai do seu segundo filho de morrer enforcado.

A sua verdadeira virgindade é perdida de uma forma estranha. “Nessa noite de Natal ofereço a minha verdadeira virgindade a um perfeito desconhecido”, conta. Ao longo de todo o livro, a fotógrafa desculpabiliza sempre a mãe, que ama, e transmite uma auto-imagem de sobrevivente: “No meu entender, não sou uma ladra. Tenho fome, não tenho dinheiro, portanto desenrasco-me como posso para sobreviver”. No entanto, várias foram as vezes que tentou acabar com a sua própria vida. Felizmente, nunca foi bem sucedida nesta sua intenção.

“É uma lição”
Para Arlinda Mestre, que também já foi Rosa, este livro é uma lição de vida: “Serve de exemplo para muitas mulheres”. Uma história angustiante, contada na primeira pessoa, da qual a autora tem orgulho: “Assumo tudo aquilo que escrevi”. Este livro vai dar que falar neste Verão.

Fonte: star.sapo.pt

Offline cRaZyzMaN

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[Autobiografia] Arlinda Mestre
« Responder #1 em: Julho 12, 2006, 04:18:24 pm »
Esta \\"menina\\" lança é filmes pron agora livros, bahh.

 

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