Autor Tópico: [Debate] Auto-estradas e outros fenómenos  (Lida 3070 vezes)

Offline southafrikanse

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[Debate] Auto-estradas e outros fenómenos
« em: Julho 07, 2009, 10:56:45 am »
O texto é longo, mas vale a pena ler. As conclusões… Tirem-nas vocês.

Miguel Sousa Tavares

8:00 Segunda-feira, 29 de Jun de 2009


Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:

- É sempre assim, esta auto-estrada?

- Assim, como?

- Deserta, magnífica, sem trânsito?

- É, é sempre assim.

- Todos os dias?

- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.

- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?

- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.

- E têm mais auto-estradas destas?

- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.

- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?

- Porque assim não pagam portagem.

- E porque são quase todos espanhóis?

- Vêm trazer-nos comida.

- Mas vocês não têm agricultura?

- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.

- Mas para os espanhóis é?

- Pelos vistos...

Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:

- Mas porque não investem antes no comboio?

- Investimos, mas não resultou.

- Não resultou, como?

- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.

- Mas porquê?

- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.

- E gastaram nisso uma fortuna?

- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...

- Estás a brincar comigo!

- Não, estou a falar a sério!

- E o que fizeram a esses incompetentes?

- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.

- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?

- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.

Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.

- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?

- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas
estações.

- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?

- Isso mesmo.

- E como entra em Lisboa?

- Por uma nova ponte que vão fazer.

- Uma ponte ferroviária?

- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.

- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!

- Pois é.

- E, então?

- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.

Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.

- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...

- Não, não vai ter.

- Não vai? Então, vai ser uma ruína!

- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.

- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?

- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!

- E vocês não despedem o Governo?

- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...

- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?

- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.

- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?

- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.

- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês
têm de ter?

- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.

Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:

- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?

- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.

- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?

- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.

- Não me pareceu nada...

- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.

- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?

- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.

- E tu acreditas nisso?

- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?

- Um lago enorme! Extraordinário!

- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.

- Ena! Deve produzir energia para meio país!

- Praticamente zero.

- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!

- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.

- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?

- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.

- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?

- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.

Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:

- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?

- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.

Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:

- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!
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Offline Lok

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[Debate] Auto-estradas e outros fenómenos
« Responder #1 em: Julho 07, 2009, 12:20:03 pm »
Esse Miguel Sousa Tavares è um palhaço de primeira...


Quanto ao Aeroporto: Aeroporto de luxo? Wtf? Será que essa senhora visitou o mesmo aeroporto que eu? Aliàs acho que o aeroporto devia ser na Ota, porque aquilo era ou ainda è uma base militar, por isso podiam aproveitar o que jà està construído. O facto do aeroporto ser a 50 ou a 100 km da capital è irrelevante. Então quando um gajo vai viajar para fora de portugal, pergunta primeiro onde è que è o aeroporto da cidade onde quer ir? Acho que na maior parte dos paìses os aeroportos estão longe da cidade... Mas pronto, como o senhor tavares è alfacinha e tem a mania da centralização tà-se c*gando para o resto do paìs... Façam o Aeroporto ao pè da casa dele para ele ficar mais feliz.

TGV: Acho absurdo ligarem Porto a Lisboa, o TGV tem que ligar Portugal à Europa e não as cidades portuguesas. O que ele se esquece è que os paìses nòrdicos são ricos devido ao petròleo que têm, e pela localização e tamanho da população não convém ter TGV (È sò dar um saltinho e jà estão no cento da europa), agora Portugal precisa de um TGV, precisamos de nos ligar à Europa. O gajo que và perguntar a um alemão, francês, suiço ou italiano se têm comboios de alta velocidade ou não...
O problema das linhas portuguesas são a forma como foram feitas, em formato de espinha e não de rede. Quanto aos comboios pendulares, jà tou farto de andar neles e nunca enjoei, apesar de ouvir dizer que hajam pessoas que tenham problemas. Mas agora vamos acabar com tudo porque um gajo em 1000 se sente mal? Palhaçada absurda...

Agricultura: Basicamente 90% dos agricultores portugueses são burros, por isso è que não rende. Enquanto que em portugal um camponês precisa de 30 pessoas para andarem com enxadas (E vivemos no sec. 21...) a cavar, na suiça basta um gajo com um tractor com ferramentas para tudo o que è preciso. Com o tamanho de portugal a agricultura não rende, mas na suiça rende e è um paìs do tamanho do districto de leiria?

Para esse senhor tudo que não seja para Lisboa è uma bosta. È um tìpico centralista alfacinha que tem a mania que o resto è paisagem.
« Última modificação: Julho 07, 2009, 01:32:11 pm por Lok »
There is a time when the operation of the machine becomes so odious, makes you so sick at heart, that you can't take part; you can't even passively take part, and you've got to put your bodies upon the gears and upon the wheels, upon the levers, upon all the apparatus, and you've got to make it stop. And you've got to indicate to the people who run it, to the people who own it, that unless you're free, the machine will be prevented from working at all!

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« Responder #2 em: Julho 07, 2009, 12:44:11 pm »
Não tenho nada a mais para acrescentar, está tudo dito :-P

Offline UDC

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« Responder #3 em: Julho 07, 2009, 02:04:56 pm »
O Miguel Sousa Tavares não disse mais do que centenas de milhares de portugueses pensam. Os tais burros da 61% de abstenção.

A verdade é mesmo essa, infelizmente, nossos políticos não olham para o país.
Isto já não vai lá com f.... mansinhas.
O escritor Günter Grass e esta proposta cínica: \"que nunca mais possa protestar-se sem ter poder.\"
Se és feio e pobre para que te deram a linguagem? Um discípulo de Nietzsche responderia: para dizeres SIM!
Eis o discurso cínico. Os pobres dizem sim: sim, concordo. Os feios dizem: sim, concordo. Só os ricos e poderosos podem dizer não.

Offline badpunchline

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« Responder #4 em: Julho 07, 2009, 02:15:19 pm »
Mas é para criticar a opinião do homem ou o tema?

Para já falo só do TGV. Estou farto, FARTO de ver tudo quanto é "politico" falar do TGV, e a verdade é que o PSD não se devia apoiar tanto na crítica deste tópico. Redes internas de TGV não serão necessárias, a não ser que sejam criadas novas linhas optimizadas para tal, e não a treta do pendular (aquelas sandes de atum são deliciosas, a serio xD). Uma ligação à Espanha é essencial e necessária, visto que nos comprometemos a tal.

Muito resumido é isto a minha opinião. Agora do aeroporto fica para a próxima. "Despeço-me com amizade..." xD
while(1){
      cout << "FAIL" << endl;
}

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« Responder #5 em: Julho 07, 2009, 02:22:38 pm »
Citação de: nunomdc
Uma ligação à Espanha é essencial e necessária, visto que nos comprometemos a tal.

Muito resumido é isto a minha opinião. Agora do aeroporto fica para a próxima. "Despeço-me com amizade..." xD

Mais ligações a Espanha? mas não temos as auto estradas desertas para isso? Isto anda tudo louco!
O escritor Günter Grass e esta proposta cínica: \"que nunca mais possa protestar-se sem ter poder.\"
Se és feio e pobre para que te deram a linguagem? Um discípulo de Nietzsche responderia: para dizeres SIM!
Eis o discurso cínico. Os pobres dizem sim: sim, concordo. Os feios dizem: sim, concordo. Só os ricos e poderosos podem dizer não.

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« Responder #6 em: Julho 07, 2009, 02:32:19 pm »
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Há com certeza outras visões politicas!
O escritor Günter Grass e esta proposta cínica: \"que nunca mais possa protestar-se sem ter poder.\"
Se és feio e pobre para que te deram a linguagem? Um discípulo de Nietzsche responderia: para dizeres SIM!
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« Responder #7 em: Julho 07, 2009, 02:33:39 pm »
Citação de: UDC
Mais ligações a Espanha? mas não temos as auto estradas desertas para isso? Isto anda tudo louco!

Não percebes? Na altura foi acordado o desenvolvimento de tal com Espanha, como tal pelo menos isso deve ser feito.
As auto-estradas andam desertas não por falta de carros, mas por falta de pessoas que se dispõem a pagar para andar nelas.

Quanto à agricultura acho o problema muito simples. Querem a resposta? Somos nós. O comum português não tem o mínimo interesse para que se crie uma agricultura sustentável em Portugal. Até podem dizer que sim, e que gostam muito do campo e do que é nacional, etc... mas no fim do mês (ou semana) vem tudo às grandes superfícies buscar a maçãzinha bonita que vem de Espanha (atenção para os que vão vomitar com este post, não estou a acusar ninguém apenas estou a generalizar para uma realidade à qual não podem dizer que é falsa)
while(1){
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« Responder #8 em: Julho 07, 2009, 02:56:54 pm »
Citação de: nunomdc
Não percebes? Na altura foi acordado o desenvolvimento de tal com Espanha, como tal pelo menos isso deve ser feito.
As auto-estradas andam desertas não por falta de carros, mas por falta de pessoas que se dispõem a pagar para andar nelas.

Quanto à agricultura acho o problema muito simples. Querem a resposta? Somos nós. O comum português não tem o mínimo interesse para que se crie uma agricultura sustentável em Portugal. Até podem dizer que sim, e que gostam muito do campo e do que é nacional, etc... mas no fim do mês (ou semana) vem tudo às grandes superfícies buscar a maçãzinha bonita que vem de Espanha (atenção para os que vão vomitar com este post, não estou a acusar ninguém apenas estou a generalizar para uma realidade à qual não podem dizer que é falsa)

Isso não é verdade! O português quando vai ao super mercado é convidado a comprar a fruta que o comercio monopolista impõem. Costumo fazer compras tanto no super/hiper mercado como no mercado da praça e no outro dia fiquei espantado ao ver que a unica fruta portuguesa rotulada de II categoria eram as maças e peras. Olhei em meu redor e vi-me cercado de fruta espanhola, costa-riquenha, marroquina, brasileira, etc. etc.

O Português ganha tão pouco que já só olha ao preço e despreza a qualidade nacional.

Nossos agricultores não são burros. Deixara-se de produzir em 30 anos?
Ou não deveria ter a politica criado condições em nossas escolas para se formar agricultores, pois, lembrem-se, nem todos podemos ser médicos, engenheiros e mais uns quantos ladrões!
 

Neste momento Portugal tornou-se uma mera peça no puzzle de Bruxelas. Portugal produz o que Bruxelas exige.

A barragem do Alqueva quando foi projectada era para reflorescer a agricultura Alentejana e não para os Espanhóis virem explorar a sua encosta com empreendimentos turísticos.

Abraço!
« Última modificação: Julho 07, 2009, 02:58:20 pm por UDC »
O escritor Günter Grass e esta proposta cínica: \"que nunca mais possa protestar-se sem ter poder.\"
Se és feio e pobre para que te deram a linguagem? Um discípulo de Nietzsche responderia: para dizeres SIM!
Eis o discurso cínico. Os pobres dizem sim: sim, concordo. Os feios dizem: sim, concordo. Só os ricos e poderosos podem dizer não.

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« Responder #9 em: Julho 07, 2009, 04:47:39 pm »
Citação de: UDC
Isso não é verdade! O português quando vai ao super mercado é convidado a comprar a fruta que o comercio monopolista impõem. Costumo fazer compras tanto no super/hiper mercado como no mercado da praça e no outro dia fiquei espantado ao ver que a unica fruta portuguesa rotulada de II categoria eram as maças e peras. Olhei em meu redor e vi-me cercado de fruta espanhola, costa-riquenha, marroquina, brasileira, etc. etc.

O Português ganha tão pouco que já só olha ao preço e despreza a qualidade nacional.

Nossos agricultores não são burros. Deixara-se de produzir em 30 anos?
Ou não deveria ter a politica criado condições em nossas escolas para se formar agricultores, pois, lembrem-se, nem todos podemos ser médicos, engenheiros e mais uns quantos ladrões!
 

Neste momento Portugal tornou-se uma mera peça no puzzle de Bruxelas. Portugal produz o que Bruxelas exige.

A barragem do Alqueva quando foi projectada era para reflorescer a agricultura Alentejana e não para os Espanhóis virem explorar a sua encosta com empreendimentos turísticos.

Abraço!

Isso da fruta è um problema da globalização, hoje em dia a maior parte dos países não è auto-sustentável, incluindo Portugal. Esta mentalidade do "O que è Português è que è bom" è falsa. No caso da agricultura, no resto da Europa as grandes superfícies comerciais compram as frutas por exemplo, desta maneira: Vão ter ao pè de um agricultor e pagam-lhe pela fruta que ele vai ter no próximo ano/colheita. Ou seja, desta maneira o agricultor jà tem lucro garantido. Mas se fores ao pè de um português e fazes esta oferta, provavelmente sais de là a tiros de caçadeira, porque o chico esperto do agricultor pensa que o queremos enganar!
Outro problema è que existe pouca mecanização da agricultura em Portugal, quantos campos tu vês por aì fora que ainda são cultivados à maneira antiga?
Falas da qualidade, mas o problema è que o próprio português que produz tà-se lixando para a qualidade, o que interessa è o desenrascanço...

Eu como vivo na suiça sei que portugal simplesmente não quer ter uma agricultura como deve de ser. Aqui è aproveitado qualquer canto, qualquer pedaço de terra para se cultivar productos de qualidade ( a maior parte sendo agricultura biológica ou Bio, e não daquela espécie de Bio à portuguesa)

Quanto ao vídeo que postaste: Sim, eu também sou a favor da regionalização, acho que apenas podemos competir com os outros paìses se abandonarmos o centralismo que dà cabo de Portugal (menos do porto e de lisboa è claro). O modelo politico suíço è muito diferente, posso dizer que è único no mundo. A pessoa que fez o filme secalhar não percebe como funciona o sistema politico suiço, para o implementar-mos em Portugal teria que haver uma revolução imensa...
A parte que vem a seguir À bandeira suiça è um video que provocou muita tensão e polèmica na suíça, porque foi feito pelo partido SVP (Racistas e anti-imigração) e por mostrar que são os Ausländer (estrangeiros) que fazem a porcaria toda, o que não è verdade...
A democracia directa em Portugal? Com esta mentalidade è impossível... Funciona com os suiços porque eles são extremamente patriotas e preocupam-se muito com o próprio paìs, mas se fosse em Portugal ninguém iria votar (Todos os 3 meses existem referendos sobre os mais variados temas)... Acho que cada paìs tem o que merece, e o povo português apenas se sente bem com ditadores e monarcas, por isso ou ponham outra vez uma ditadura ou metam o D. Duarte como rei.

Não è uma ligação a Espanha, è uma ligação à Europa, portugal està no cu de judas, precisa de ligações e como todos sabem sem ligações não existe desenvolvimento.
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« Responder #10 em: Julho 07, 2009, 05:45:03 pm »
Lok, quando chegar a casa, acho que vou fazer um wall of text só porque gosto muito de ti
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« Responder #11 em: Julho 07, 2009, 11:33:53 pm »
Citação de: Lok
Esse Miguel Sousa Tavares è um palhaço de primeira...


Quanto ao Aeroporto: Aeroporto de luxo? Wtf? Será que essa senhora visitou o mesmo aeroporto que eu? Aliàs acho que o aeroporto devia ser na Ota, porque aquilo era ou ainda è uma base militar, por isso podiam aproveitar o que jà està construído. O facto do aeroporto ser a 50 ou a 100 km da capital è irrelevante. Então quando um gajo vai viajar para fora de portugal, pergunta primeiro onde è que è o aeroporto da cidade onde quer ir? Acho que na maior parte dos paìses os aeroportos estão longe da cidade... Mas pronto, como o senhor tavares è alfacinha e tem a mania da centralização tà-se c*gando para o resto do paìs... Façam o Aeroporto ao pè da casa dele para ele ficar mais feliz.

TGV: Acho absurdo ligarem Porto a Lisboa, o TGV tem que ligar Portugal à Europa e não as cidades portuguesas. O que ele se esquece è que os paìses nòrdicos são ricos devido ao petròleo que têm, e pela localização e tamanho da população não convém ter TGV (È sò dar um saltinho e jà estão no cento da europa), agora Portugal precisa de um TGV, precisamos de nos ligar à Europa. O gajo que và perguntar a um alemão, francês, suiço ou italiano se têm comboios de alta velocidade ou não...
O problema das linhas portuguesas são a forma como foram feitas, em formato de espinha e não de rede. Quanto aos comboios pendulares, jà tou farto de andar neles e nunca enjoei, apesar de ouvir dizer que hajam pessoas que tenham problemas. Mas agora vamos acabar com tudo porque um gajo em 1000 se sente mal? Palhaçada absurda...

Agricultura: Basicamente 90% dos agricultores portugueses são burros, por isso è que não rende. Enquanto que em portugal um camponês precisa de 30 pessoas para andarem com enxadas (E vivemos no sec. 21...) a cavar, na suiça basta um gajo com um tractor com ferramentas para tudo o que è preciso. Com o tamanho de portugal a agricultura não rende, mas na suiça rende e è um paìs do tamanho do districto de leiria?

Para esse senhor tudo que não seja para Lisboa è uma bosta. È um tìpico centralista alfacinha que tem a mania que o resto è paisagem.

Eu posso juntar todas as tuas conclusões de cada tema numa única frase: Os investimentos feitos estão a ser feitos nas situações e pelos motivos errados. Desenvolvendo:

Tu acreditas que nós precisamos de nos ligar à Europa? Tu achas que o que nós queremos da Europa é um TGv ou uma melhor qualidade de vida? Eu abdico do TGV para distribuir osmilhões que essa merda vai custar por quem precisa e com certeza se fizeres essa distribuição te garanto que nenhum dos que o receber justificadamente vai poder sequer sonhar em alguma vez andar de TGV porque ainda assim o dinheiro não vai chegar

Se os investimentos fossem bem feitos, não haveria um país rasgado de auto-estradas que ninguém usa (a não ser que sejam à borla claro) ou montes de linhas ferroviárias relegadas ao abandono e ainda se pensava em construir um TGV (para mim é a coisa mais irónica de sempre...) ou então uma agricultura tão sedentária que mete nojo, porquê? Sabes quem usa as enxadas em Portugal? Aqueles que nunca tiveram apoio de ninguém e que nem sabem ainda o que é uma reforma, e se sabem, não acredito que dê para mais que um bilhete de autocarro nas maravilhosas estradas nacionais portuguesas, esburacadas por todos os lados e quase sem bermas enquanto as auto-estradas (vazias) são uma maravilha de se andar

É patético, eu que vivo a 1h30m de Lisboa pela A6+A1 abdico da merda das portagens e pago mais gasolina para poder ir pelas nacionais ver a bela leziria ribatejana com os seus touros e os agora poucos campinos. Passar pela Chamusca, Alpiarça, Golegã, as planicies alagadas no Inverno, a ponte de Constança, simplesmente há paisagens bem mais bonitas de se ver do que placards publicitários espalhados em todos os montes perto de auto-estradas, muito triste meu caro

Mas diz-me, justifica-se um TGV em Portugal? Queres ligar-me à Europa? Aquela que aplicou multas aos Portugueses por produzirem demasiado leite e seus derivados para equilibrar o mercado mas que depois cria uma politica agricola (PAC para quem não sabe) que foi um dos maiores fiascos de sempre e que levou a nossa agricultura a uma produção hiper-excedentária para ficarmos tal e qual os americanos? Aqueles que mandam dinheiro e dizem onde ele é para investir mas vá lá, ao menos deixam-nos investi-lo à nossa maneira, mas desde que seja num TGV ou num Aeroporto ou em mais uma linha de metro desnecessária (deixando as empresas rodoviárias já vitimas de uma administração de merda a ter prejuízo) mas não mandam dinheiro para realmente criar uma igualdade entre TODOS os europeus? Então ainda nas europeias havia um cartaz que dizia "Porque somos todos europeus" ou qualquer coisa assim... Bem, os franceses devem estar bem mais gratos à Europa que nós, garanto-te

Bottom line e porque me estou a alongar demais: TGV, Ota ou Alcochete vão ser investimentos errados. Cada vez mais certeza se tem disso que qualquer nvestimento feito neste país é grande demais e demasiadamente desnecessário para se fazer. Que se faça em tempos de vacas gordas e não em alturas de apertar o cinto, porque claro, e como muito bem disse o Sr. Tavares:

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[Debate] Auto-estradas e outros fenómenos
« Responder #12 em: Julho 08, 2009, 04:20:12 am »
[quote name=\'Lok]Isso da fruta è um problema da globalização\' date=\' hoje em dia a maior parte dos países não è auto-sustentável, incluindo Portugal. Esta mentalidade do "O que è Português è que è bom" è falsa. No caso da agricultura, no resto da Europa as grandes superfícies comerciais compram as frutas por exemplo, desta maneira: Vão ter ao pè de um agricultor e pagam-lhe pela fruta que ele vai ter no próximo ano/colheita. Ou seja, desta maneira o agricultor jà tem lucro garantido. Mas se fores ao pè de um português e fazes esta oferta, provavelmente sais de là a tiros de caçadeira, porque o chico esperto do agricultor pensa que o queremos enganar![/quote\']

Contias a me dar razão! Não soubemos construir bases na escola para o agricultor evoluir.

Citação de: Lok
Outro problema è que existe pouca mecanização da agricultura em Portugal, quantos campos tu vês por aì fora que ainda são cultivados à maneira antiga?
Falas da qualidade, mas o problema è que o próprio português que produz tà-se lixando para a qualidade, o que interessa è o desenrascanço...

Enganas-te.
Os campos estão a ser cobertos por mantos de silvas e ervas inférteis. Na verdade, o que se está a assistir no nosso país, é a auto-destruição da profissão agricultor, pescador, etc. etc.

Dou-te, novamente, o exemplo de Alqueva. Alqueva já era projecto de Salazar. Nossos políticos deram tempo ao Espanhóis para comprar o Alentejo e deixar as terras sem produzir para nos tornarmos cada vez mais independentes de Espanha.

[quote name=\'Lok]Eu como vivo na suiça sei que portugal simplesmente não quer ter uma agricultura como deve de ser. Aqui è aproveitado qualquer canto\' date=\' qualquer pedaço de terra para se cultivar productos de qualidade ( a maior parte sendo agricultura biológica ou Bio, e não daquela espécie de Bio à portuguesa)[/quote\']

Tens sorte morar num país moderno e que te soube acolher.
Na Suíça, a agricultura ocupa um lugar tão importante no coração dos Suíços que a sua existência se encontra garantida pela Constituição federal. Sua função não é unicamente a de produzir alimentos; tem também a função de manter a paisagem e de conservar a ocupação das regiões descentralizadas.
Se muitas das vezes imaginamos a Suíça como um país povoado de agricultores rodeados de vacas, na verdade existe proporcionalmente menos agricultores que na grande maioria dos países da Europa ocidental. A taxa roda os 4% da população activa que trabalha a terra e a percentagem tem tendência em diminuir.
Em 2005, a superfície total das terras agrícolas atinge 1.065.000ha. O tamanho médio das explorações era de 16.7ha (contra 11.5 em 1990).
A tendência de hoje em dia é a concentração das actividades agrícolas. Cada ano, centenas de explorações desaparecem e as que sobrevivem têm tendência a ficar cada vez maiores.
Assim sendo, desde 1990, o numero de explorações agrícolas que ultrapassam os 20ha aumentou de 29%, enquanto que o numero total de explorações diminui-o de 31%.

A base da pirâmide de um país é o auto-sustento! Só a partir daqui se pode desenvolver o resto.

[quote name=\'Lok]Quanto ao vídeo que postaste: Sim\' date=\' eu também sou a favor da regionalização, acho que apenas podemos competir com os outros paìses se abandonarmos o centralismo que dà cabo de Portugal (menos do porto e de lisboa è claro). O modelo politico suíço è muito diferente, posso dizer que è único no mundo. A pessoa que fez o filme secalhar não percebe como funciona o sistema politico suiço, para o implementar-mos em Portugal teria que haver uma revolução imensa...[/quote\']

Implementar uma semelhança do sistema suíço não ía ser tarefa facil, estou de acordo contigo nesse ponto, mas não é com certeza missão impossível.

A politica de regiões não conhece avanço em Portugal unicamente porque o jogo politico não quer. Dão a desculpa da descentralização e dos custos que essas mudanças implicariam, mas acreditem-me, é tudo um monte de asneiras.

As regiões não implicam o empolamento das despesas do Estado, nem do número de funcionários, implicam sim a redistribuição dos recursos e a transferência de serviços periféricos e, por isso, uma racionalização do próprio Estado.
Não podem existir regiões desenvolvidas e outras com atrasos estruturais; não podem existir regiões motoras e outras assistidas; regiões despovoadas e outras congestionadas.

[quote name=\'Lok]A parte que vem a seguir À bandeira suiça è um video que provocou muita tensão e polèmica na suíça\' date=\' porque foi feito pelo partido SVP (Racistas e anti-imigração) e por mostrar que são os Ausländer (estrangeiros) que fazem a porcaria toda, o que não è verdade...[/quote\']

Nunca foi contra a imigração. Apenas defendo uma imigração controlada. Não podemos trazer imigrantes para as grandes obras do Estado e depois simplesmente abandona-los. Não podemos prometer o Eldorado aos imigrantes quando é o trabalho dos portugueses está em risco. Quem irá empregar os milhares de novos desempregados que aparecem todos os dias devido ao encerramento das fabricas onde trabalhavam? Sendo todos na sua maioria, pessoas com mais de 40 anos, quem é que lhes vai dar trabalho?

O imigrante também é a causa dos baixos salários em Portugal, a procura de mão-de-obra barata é o desejo do nosso jogo politico. Politica portuguesa: -"Português, se não queres trabalhar pelo preço do imigrante, tens uma solução, emigra!

[quote name=\'Lok]A democracia directa em Portugal? Com esta mentalidade è impossível... Funciona com os suiços porque eles são extremamente patriotas e preocupam-se muito com o próprio paìs\' date=\' mas se fosse em Portugal ninguém iria votar (Todos os 3 meses existem referendos sobre os mais variados temas)... Acho que cada paìs tem o que merece, e o povo português apenas se sente bem com ditadores e monarcas, por isso ou ponham outra vez uma ditadura ou metam o D. Duarte como rei.[/quote\']

Uma democracia semi-directa como a praticada na Suíça era importante para dar novo fulgor politico ao povo.

Não se trata de saber se iria existir mais ou menos abstenção, o que importa aqui reter da democracia directa, é que as pessoas possam participar quando julgam ser importante.

Temos o exemplo do TGV, aeroporto, ponte sobre o Tejo, etc. etc. Nunca essas despesas milionárias se fariam em Portugal caso existisse democracia directa.
O escritor Günter Grass e esta proposta cínica: \"que nunca mais possa protestar-se sem ter poder.\"
Se és feio e pobre para que te deram a linguagem? Um discípulo de Nietzsche responderia: para dizeres SIM!
Eis o discurso cínico. Os pobres dizem sim: sim, concordo. Os feios dizem: sim, concordo. Só os ricos e poderosos podem dizer não.

Offline blue9seed

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[Debate] Auto-estradas e outros fenómenos
« Responder #13 em: Julho 08, 2009, 12:08:53 pm »
Peço desculpa pela intervenção que vou ter, e não me tomem como um gajo cansado e que se encosta há parede, mas ao longo dos anos tenho aprendido, que a culpa não é do nosso país nem dos nossos governantes.

Ao Sr. Miguel Sousa Tavares, embora possa gostar de alguns comentários que ele tece, não deixa aqui de ser um pouco infeliz como já o foi em outras situações, um analista/cronista/jornalista politico, sabe penso eu que o principal problema que afecta a governação do país não é o facto de construir ou não construir um TGV, ou um aeroporto rebuscadamente grande, ou uma barragem imensamente cheia de água parada.

Sempre desde a antiguidade o poder corrompeu as pessoas, mais a mais tendo em conta que vivemos numa sociedade completamente capitalista a nivel mundial, o poder converte-se em dinheiro, perde-se a trasnparencia e comentem-se erros graves, para todos desde o peixe miudo até ao peixe graudo.

O que nós como Portugueses temos de aprender, é que as coisa não se mudam com uma abstenção de 61% mediatizada em todso os meios de comunicação, as coisas mudam-se no dia em que o Português, tiver a coragem de sair para a rua e exigir o que é seu, exigir os direitos, e cumprir os deveres de pessoa com uma moral minimamente construida e aceitável.

Offline Furt4d0

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[Debate] Auto-estradas e outros fenómenos
« Responder #14 em: Julho 08, 2009, 12:12:47 pm »
Citação de: blue9seed
Peço desculpa pela intervenção que vou ter, e não me tomem como um gajo cansado e que se encosta há parede, mas ao longo dos anos tenho aprendido, que a culpa não é do nosso país nem dos nossos governantes.

Ao Sr. Miguel Sousa Tavares, embora possa gostar de alguns comentários que ele tece, não deixa aqui de ser um pouco infeliz como já o foi em outras situações, um analista/cronista/jornalista politico, sabe penso eu que o principal problema que afecta a governação do país não é o facto de construir ou não construir um TGV, ou um aeroporto rebuscadamente grande, ou uma barragem imensamente cheia de água parada.

Sempre desde a antiguidade o poder corrompeu as pessoas, mais a mais tendo em conta que vivemos numa sociedade completamente capitalista a nivel mundial, o poder converte-se em dinheiro, perde-se a trasnparencia e comentem-se erros graves, para todos desde o peixe miudo até ao peixe graudo.

O que nós como Portugueses temos de aprender, é que as coisa não se mudam com uma abstenção de 61% mediatizada em todso os meios de comunicação, as coisas mudam-se no dia em que o Português, tiver a coragem de sair para a rua e exigir o que é seu, exigir os direitos, e cumprir os deveres de pessoa com uma moral minimamente construida e aceitável.

Isso supostamente já aconteceu... É uma coisa a que chamam 25 de Abril
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